É certo que, pessoalmente, a minha opinião sobre a actual gama do Classe C tem altos e baixos, nem mesmo eu consigo ficar indiferente à elegância desta versão. Externamente sempre achei o Classe C brilhante, por permitir, na perfeição aquilo que se espera deste modelo, uma recriação “à escala” da referência da marca, o topo de gama Classe S. Honestamente até considero o Classe C melhor conseguido, como um todo, que o modelo do segmento superior, o Classe E, que parece ter perdido a forte personalidade que sempre teve.
Voltando ao Classe C Cabrio, este modelo combina, na perfeição (a meu ver) todo o luxo moderno que estamos habituados a associar a uma marca como a Mercedes-Benz a um toque de juventude, através das linhas dinâmicas, que neste caso em concreto são intensificadas com esta combinação da carroçaria em branco com elementos estilísticos do pacote AMG.
Claro que tudo isto ocorre quando temos a capota recolhida, embora esta acabe por combinar na perfeição, em termos de elegância, graças ao facto de ser em lona e colorida (em preto, vermelho, castanho ou azul), e por permitir que a sua actuação, totalmente eléctrica, ocorra em apenas 20 segundos e a velocidades até aos 50 km/h. Escusado será de dizer que esta capota, embora em lona, possui as necessárias camadas adicionais de isolamento térmico e acústico para que não se sinta arrependido por não ter optado pela versão Coupé.
Se por fora o Classe C Cabrio é apaixonante, no interior a minha opinião diverge um pouco. Muitos criticam a colocação do ecrã do sistema de infoentretenimento no topo da consola, algo que a meu ver até faz sentido, pois evita um grande desvio do olhar de quem vai a conduzir caso esteja a usar o sistema de navegação. Porém, onde o interior do Classe C me desilude é na qualidade de alguns plásticos e alguma da montagem, que está alguns níveis abaixo dos seus rivais directos, como os modelos da Audi, embora a marca de Ingolstadt não tenha ainda lançado (ou revelado) o futuro A5 Cabrio.
Em termos de condução, este modelo vinha equipado com a motorização de topo a diesel, o C 250d, acompanhado pela caixa 9G-Tronic de 9 velocidades. Com um total de 204 cavalos, esta combinação permite um andamento suave tranquilo para um passeio de fim-de-semana, ou para um andamento mais rápido, para quem preferir um comportamento mais dinâmico, sem implicar os “defeitos” dos veículos desportivos, como a suspensão demasiado rígida. Aliás, esta combinação consegue esconder na perfeição o peso total da estrutura, que acrescenta 125 kg à estrutura do Coupé, devido aos reforços de rigidez da carroçaria.
Ficha Técnica
| Motor | Prestações | ||
| Tipo | Quatro cilindros em linha | Velocidade Máxima | 243 km/h |
| Capacidade | 2143 cc | Aceleração (0-100 km/h) | 7,2 s |
| Potência | 204 cv (3800 rpm) | Consumos (litros/100 km) | |
| Binário | 500 Nm (1600 rpm) | Urbano (anunciado) | 5,4 |
| Transmissão | Extra-urbano (anunciado) | 4,5 | |
| Tracção | Traseira | Combinado (anunciada) | 4,9 |
| Caixa | Automática de 9 velocidades | Emissões CO2 | 124 g/km |
| Chassis | Preço | ||
| Dimensões (Comp. / Larg. / Alt.) | 4686 / 1810 / 1409 mm | Valor base | €59 700 |
| Peso | 1770 kg | Valor viatura testada | €69 275 |
| Bagageira | 285 / 360 litros | I.U.C. | €252.47 |





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